Sheila Kolberg

Sonho um poema que ao lê-lo, nem sentirias que ele já estivesse escrito, mas que fosse brotando, no mesmo instante, de teu próprio coração.

Mário Quintana

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Visita do amor



Portas fechadas
Janelas trancadas
Passos de algodão

Batidas na porta...
Quem bate?  Pergunto eu.
Sem entender direito,
se bate mais aqui dentro ou do lado de fora.

Fico atônita!
Talvez ele desista e vá embora.
Coração bate...
Espia um pouquinho, diz ele. 
Abre em silêncio e devagarinho,
Apenas uma das tuas janelas.

Curiosa não me contenho
E logo abro uma fresta. 
E distraída que sou,
quando percebo 
já esbarrou em mim e entrou.

Entendi agora 
aquela velha história 
de que ele prefere os distraídos.
Que porta que nada!
Uma janela já basta
Pra virar logo
um caso perdido.

Sheila Kolberg


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Você também vai gostar...

Saudade urgente

Saudade urgente

Coração obediente

Coração obediente

Amor de vidas

Amor de vidas

Eu cuido de você

Eu cuido de você

Outras vidas

Outras vidas