No início você pensou
que era mais uma amizade nascendo.
As conversas sempre se
estendiam por horas e cada nova
afinidade que surgia,
Você teimava em dizer
pra si mesma que era apenas
coincidência.
Gostava quando ele
sorria e ficava alguns instantes fitando seu olhar.
Ou as vezes que
falava alguma besteira e te deixava sem graça.
Logo começaram as
indiretas com uma pitada de malícia...
Mas você dizia pra si
que só era mais um flerte.
Logo apareceria alguém que roubaria tua atenção.
Enquanto esse alguém
não aparecia, foram chegando carinhos, palavras doces e mimos.
Você deixava rolar só
pra ver seu ego feliz. E repetia pra si: “Que romance, que nada! Só curtição de
momento.
Não esperava que ele
chegaria... Mas chegou e se instalou.
Aquele fulano chamado desejo.
Ok! Uma noite e
depois ponto final.
Assim mata a vontade,
a curiosidade e o outro fulaninho chamado tesão.
Mas não é que foi
bom!
Só mais uma noite,
outra manhã ou tarde ...
Putz! Já era tarde!
E você percebeu isso
quando ficou uns dias sem vê-lo e quando viu
novamente, sentiu que o seu coração batia feito
doido. Mais doida ainda era a falta que sentia.
Seria amor?!
Se não era o próprio,
no mínimo um irmão muito próximo. Ou talvez uma tal de paixão que neste momento já tinha se
instalado e desfeito as malas.
Já que estava tudo
tão bom, melhor entrar logo de cabeça e entregar-se. Chega de dar papo pra
razão.
Amor é assim mesmo. Chega devagar e sem você
perceber toma conta de tudo. E uma coisa é
certa...
Ele só fica quando
quer. Quando realmente chegou a sua hora de conhecê-lo.
Quando você cai em
si, lá estão elas lado a
lado. As benditas e agora tão amadas, escovas de dente.
Sheila Kolberg