Um olhar fixo no espelho...
Uma nítida percepção de que muitos anos se passaram.
Tudo desenhado e gravado ali.
É um pouco contraditório externamente sentir o peso do tempo e internamente ter a sensação de que você não mudou tanto assim.
O coração continua com os mesmos sentimentos. Os desejos e sonhos não mudaram.
As expectativas, as vontades e a forma de ser, perceber e sentir continua praticamente a mesma. Seria uma boba imaturidade interna que não se esgota junto com o tempo?
Ou apenas uma capacidade louca de continuar acreditando, mesmo inúmeras vezes ter todos os motivos para desacreditar na vida, nos sonhos e pessoas.
Talvez esse seja apenas mais um dos tantos questionamentos que ainda persistem mesmo depois de muitos anos vividos.
Não sei ao certo quem de fato segura as pontas...
A mulher madura que se observa no espelho ou a menina imatura que vive dentro do peito.
Sheila Kolberg