Sheila Kolberg
Sonho um poema que ao lê-lo, nem sentirias que ele já estivesse escrito, mas que fosse brotando, no mesmo instante, de teu próprio coração.
Mário Quintana
sexta-feira, 30 de maio de 2014
Se...
Cada um de nós em algum momento de nossa vida já se pegou com o pensamento perdido no "SE"...
Se eu tivesse feito de outra forma...
Se eu tivesse feito outras escolhas, optado por caminhos diferentes ou mudado de direção.
Se eu tivesse ouvido em algum momento, mais a razão ou apenas seguido o coração.
Se eu tivesse derrotado a insegurança ou talvez procurado coragem onde sabia existir.
Se eu tivesse libertado o NÃO ou segurado mais fortemente o SIM.
Se... Se... Se
Se tivesse sossegado a inquietude, reprimido um pouco os desejos, controlado o medo.
Se tivesse usado racionalmente o tempo ou usufruído dele muito mais intensamente.
Se tivesse perdido mais a noção das horas todas as vezes que preferi ir embora.
Se tivesse deixado fluir livremente as vontades.
Ou talvez ...
Se não tivesse economizado amor, amizade ou conhecimento.
Se tivesse olhado bem mais pessoas nos olhos...
Ou quem sabe, se as tivesse escutado com mais atenção.
Se eu tivesse feito o que deveria fazer,
Ao invés de entregar de maneira inconsequente, na mão do destino.
Será que teria feito alguma diferença na minha vida?!
E na vida de outras pessoas?
Cada escolha que fazemos na vida, reflete em nós e em todos que estão ao nosso redor.
Por isso é tão importante não tomarmos decisões pensando unicamente em nós.
Somos únicos mas fazemos parte de um todo.
E ninguém é capaz de ser feliz sozinho.
Só encontramos a felicidade plena quando nos tornamos capazes de semear alegria no coração de cada um que cruza nosso caminho.
Sheila Kolberg
sexta-feira, 23 de maio de 2014
Sensibilidade
Sensibilidade...
Por um bom tempo desejei não tê-la tão saliente em mim.
Queria disfarçar...
Mostrar ser forte mesmo sentindo-se absurdamente frágil.
Apenas queria que fosse assim...
Normalmente era quase impossível.
Tudo era motivo para dar razão a emoção.
Afinal um coração batia dentro de mim e era ele que ditava as regras.
Era ele que sempre via o melhor que cada um poderia oferecer.
Era ele que acreditava que existe um motivo por trás de cada ação insensível do ser humano.
E também era ele que fazia meus olhos chorar e a garganta doer...
Todo vez que tentava segurar o choro.
A razão dizia...
Gente forte não chora. Engole o choro e a emoção guria!
Enquanto isso a sensibilidade e o coração abusavam do amor que existia,
E que insistia em mandar em mim.
Por um bom tempo essa sensibilidade fez parte da minha lista de defeitos.
Erroneamente cheguei a acreditar no que me diziam os fortes.
Hoje percebo que forte mesmo é quem consegue deixar as rédeas da sensibilidade totalmente soltas.
Forte é quem não tem vergonha de dizer o que sente, quem é capaz de se mostrar por inteiro. Quem permite se entregar verdadeiramente ao amor.
Forte é quem tem coragem de mostrar que também é frágil...
E não se incomoda de sentir-se em algum momento fraco.
Forte não é quem segura o choro...
Mas sim quem consegue lavar sua alma com ele.
Forte é quem tem capacidade de procurar o que tem de melhor dentro de cada um...
Mesmo que isso signifique sofrer quando não encontra.
Sheila Kolberg
quarta-feira, 21 de maio de 2014
Desafios e limites
A vida é uma grande prova de fogo...
E diariamente testa nossa capacidade de superar limites.
Desafia nossa coragem nos colocando em caminhos que não ousaríamos percorrer...
Se em algum momento tivéssemos escolha.
Lutamos dia após dia e quando já estamos quase sem forças...
Vem a vida e adoça nossa boca com o sabor de uma pequena vitória.
E essa sutil vitória acende outra vez o desejo de seguir em frente.
A vida é tão simples... E nós insistimos em complicá-la.
Criamos expectativas demais.
Esperamos muito dos outros e mais ainda de nós.
Dizemos que amamos incondicionalmente,
Mas sofremos feito bicho, toda vez que nossas expectativas não são correspondidas.
Não deixamos de amar...
Porém fica quase impossível não se decepcionar.
De repente percebemos que a vida não é cor de rosa como aparece em nossos sonhos.
E também não tem sempre um desfecho com final feliz...
Como nos filmes.
Pensando friamente chegamos a conclusão,
Que na verdade o final é sempre trágico.
E mesmo estando presente, ainda assim não poderemos vivê-lo.
O jeito é fazermos o melhor em cada cena.
Viver intensamente cada capítulo...
Pois este sim, pode ter a cor que desejarmos.
E se o final não agradar,
Temos a chance de começar tudo outra vez.
Sheila Kolberg
segunda-feira, 12 de maio de 2014
Como deve ser
Não vale a pena procurar culpados.
O jeito é aceitar que cada coisa acontece como deve ser.
Ninguém vai mudar por você...
Muito menos entender o que te faz sofrer ou tentar diminuir tuas dores.
Esses sentimentos que incomodam são teus. Não queira dividir o peso com outro alguém.
Cada um é exatamente o que desejou ser e só pode te oferecer aquilo que tem dentro de si.
As vezes tem ali um coração gigante, transbordando de amor e sentimentos de gratidão, lealdade, companheirismo e gentilezas.
Outras vezes você se depara com um coração frio, egoísta, pobre de amor e doçura.
Neste caso não vale a pena insistir.
Siga em frente!
Só vale a pena ancorar onde existe amor de verdade.
Sheila Kolberg
O jeito é aceitar que cada coisa acontece como deve ser.
Ninguém vai mudar por você...
Muito menos entender o que te faz sofrer ou tentar diminuir tuas dores.
Esses sentimentos que incomodam são teus. Não queira dividir o peso com outro alguém.
Cada um é exatamente o que desejou ser e só pode te oferecer aquilo que tem dentro de si.
As vezes tem ali um coração gigante, transbordando de amor e sentimentos de gratidão, lealdade, companheirismo e gentilezas.
Outras vezes você se depara com um coração frio, egoísta, pobre de amor e doçura.
Neste caso não vale a pena insistir.
Siga em frente!
Só vale a pena ancorar onde existe amor de verdade.
Sheila Kolberg
terça-feira, 6 de maio de 2014
Invasores
Eles já foram bem maiores ...
Mas por incrível que pareça, hoje tão pequenos,
Invadem e ocupam muito mais espaço.
Também eram mais pesados e a beleza não era seu ponto forte.
Agora mesmo leves e lindos, tornaram-se um incômodo gigante.
Indiscrição virou seu nome.
Não respeitam nenhum ambiente...
Estão na mesa de jantar, na sala, entre as visitas que acabaram de chegar.
Naquela reunião de família, na cama, no trabalho, em todo e qualquer lugar.
Interrompem um encontro, um abraço, um beijo, uma frase que termina sem sentido.
Um momento importante, uma troca de olhar.
Se duvidar...
Lá estão eles juntos no banho de chuveiro e até no mar.
Parece mesmo uma grande peste que chegou pra ficar.
Será maldito ou bendito celular?!
Pior quando ele ainda se junta com face, instagran, whatsapp, twitter ...
Aplicativos pra lá e pra cá.
Todo mundo sabe de tudo e faz de tudo todo tempo.
Ou profundamente não sabem de nada e intensamente talvez nada fazem em nenhum momento.
O que é mais saboroso, comer um prato divino ou compartilhar?
Aproveitar, degustar, amar, deslumbrar ou fotografar?
Eis a questão!
O mais difícil de tudo é ter que competir a atenção com esse objeto insensível e inoportuno.
E ainda ficar se perguntando...
Quem é mais culpado. Ele ou quem o comanda?
Mas afinal...
Quem está no comando mesmo?!
Maldito celular!
Bom mesmo era quando sua utilidade era só pra falar.
Sheila Kolberg
sábado, 3 de maio de 2014
Amor de Mãe
Você tinha o tamanho de um grãozinho de feijão...
E ela já te amava como o ser mais importante da sua vida.
Não sabia ainda a cor dos teus olhos, muito menos o teu tipo físico...
E ela já sabia que você seria o filho (a) mais lindo do mundo.
As batidas de teu coração se tornaram sua música favorita.
E cada pequeno gesto, por mais simples que fosse...
Já era motivo de uma euforia absurda e intensa.
Antes mesmo de você nascer... Ela já era capaz de te dar a vida.
E morreria por você desde o primeiro até o último dia da sua vida.
Um sorriso seu ao amanhecer era suficiente para tirar a indisposição de noites mal dormidas.
E de repente seu maior desejo era ter o poder de tirar de você qualquer dor...
Apenas para não te ver chorar e sofrer.
E essa vontade continua por todo o tempo, independente da idade ou do momento.
Toda mãe já desejou por um instante...
Ser um pouco fada, bruxa ou anjo.
Só para ter a certeza que seu filho seguiria os melhores caminhos, faria as melhores escolhas
E seria plenamente feliz em todos os dias do seu viver.
Sheila Kolberg
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