Sheila Kolberg

Sonho um poema que ao lê-lo, nem sentirias que ele já estivesse escrito, mas que fosse brotando, no mesmo instante, de teu próprio coração.

Mário Quintana

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Sensibilidade


Sensibilidade...
Por um bom tempo desejei não tê-la tão saliente em mim.
Queria disfarçar...
Mostrar ser forte mesmo sentindo-se absurdamente frágil.
Apenas queria que fosse assim...
Normalmente era quase impossível. 
Tudo era motivo para dar razão a emoção.
Afinal um coração batia dentro de mim e era ele que ditava as regras.
Era ele que sempre via o melhor que cada um poderia oferecer.
Era ele que acreditava que existe um motivo por trás de cada ação insensível do ser humano.
E também era ele que fazia meus olhos chorar e a garganta doer...
Todo vez que tentava segurar o choro.
A razão dizia...
Gente forte não chora. Engole o choro e a emoção guria!
Enquanto isso a sensibilidade e o coração abusavam do amor que existia,
E que insistia em mandar em mim.
Por um bom tempo essa sensibilidade fez parte da minha lista de defeitos.
Erroneamente cheguei a acreditar no que me diziam os fortes.
Hoje percebo que forte mesmo é quem consegue deixar as rédeas da sensibilidade totalmente soltas.
Forte é quem não tem vergonha de dizer o que sente, quem é capaz de se mostrar por inteiro. Quem permite se entregar verdadeiramente ao amor.
Forte é quem tem coragem de mostrar que também é frágil...
E não se incomoda de sentir-se em algum momento fraco.
Forte não é quem segura o choro...
Mas sim quem consegue lavar sua alma com ele.
Forte é quem tem capacidade de procurar o que tem de melhor dentro de cada um...
Mesmo que isso signifique sofrer quando não encontra.
Sheila Kolberg

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