Sheila Kolberg

Sonho um poema que ao lê-lo, nem sentirias que ele já estivesse escrito, mas que fosse brotando, no mesmo instante, de teu próprio coração.

Mário Quintana

domingo, 24 de março de 2013

Molhar os pés não basta


É sempre assim...
Desse jeito que sei fazer
Entrar por inteiro, sem medo
Mergulhar sem saber exatamente onde vai me levar...
As vezes as águas são rasas e acabo me machucando,
Noutras vezes são profundas e exigem o máximo de mim.
De uma forma ou de outra,
Sei que me joguei por vontade  própria...
E nunca me arrependi de fazer assim.
Melhor seria se fosse sempre recíproco...
Mas não existem garantias.
Há quem se jogue comigo...
Em lagos calmos ou mar agitados.
Há quem mergulhe sem medo do que possa encontrar...
Há quem aceite apenas molhar os pés...
E sendo assim, não conseguem sentir o prazer de um bom mergulho.
Eu ainda prefiro me atirar antes de experimentar se a água está fria...
Assim não corro o risco de perder algo que poderia ter sido bom.

Sheila Kolberg

Um comentário:

  1. Bacana seu blog Sheila. Parabéns e continue sempre nesta estrada da poesia

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