Sheila Kolberg

Sonho um poema que ao lê-lo, nem sentirias que ele já estivesse escrito, mas que fosse brotando, no mesmo instante, de teu próprio coração.

Mário Quintana

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Lembranças


Chega  de repente 
Entra, invade tudo... toma conta
Revira gavetas e sentimentos,
Coloca pra fora paixões antigas ...
E tristezas que a tempo ficavam guardadas
 num cantinho do quarto.
Meche na decoração,
Tira os tons de rosa pálido, que estávamos tão acostumados...
E pinta de vermelho nossa vida.
Troca a luz suave do abajur, por uma luminária gigante...
Nos obrigando a enxergar tudo aquilo que estava oculto.
Pendura espelhos em todos os cômodos...
E nós, sem possibilidade de fuga, 
temos que encarar nossos medos de frente.
Sem receio algum, abre todas as janelas e portas,
Permitindo a entrada de momentos, que deixamos lá fora...
Inocentes, acreditamos que isso seria suficiente 
para superar a dor e seguirmos em frente.
Pura ilusão...
Um deslize e lá vem elas, com suas bagagens imensas
Malditas ou amadas?
Incontroladas... lembranças.

Sheila Kolberg




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