Sheila Kolberg

Sonho um poema que ao lê-lo, nem sentirias que ele já estivesse escrito, mas que fosse brotando, no mesmo instante, de teu próprio coração.

Mário Quintana

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Pandemia maldita

A pandemia chegou pra abalar nossas estruturas. Ela não só mata como surta, enlouquece, deprime, assusta, irrita e maltrata.
Ela faz a gente chorar por qualquer motivo bobo, faz a gente brigar por quase nada, faz a gente querer gritar pra expulsar toda a raiva contida. 
Ela faz a gente sentir o mundo vazio, enquanto cria  buracos enormes dentro da gente. 
Ela veio pra acordar nossos demônios adormecidos e fazer nossos anjos quase desistirem de nós. Ela ataca sem piedade o que temos de melhor, tirando nossas forças e nossa alegria.  Ela não perdoa nada.  Ela arrasta com tudo como se fosse um furacão. Ela parece ser extremamente egoísta pois em nenhum momento pensa em nós.  Ela chegou separando tudo, afastando e fazendo a gente ficar escondido num canto escuro do quarto. Ela não tem coração e muito menos alma. Ela machuca a gente sem piedade.  
Enquanto isso a gente reza!
Reza pra sobreviver, pra voltar a viver uma vida normal, pra voltar a ser quem a gente era antes disso tudo acontecer. 
Reza pra vacina chegar, pra esse tormento acabar, pra gente voltar a sonhar. 
Reza pra não perder mais ninguém e pra dona morte ir embora de vez.
Reza pra poder jogar a máscara fora e nunca mais ouvir a palavra álcool gel e distanciamento social.
Reza pra acordar desse pesadelo e sentir a vida leve outra vez!

Sheila Kolberg 
Poesias e outras paixões 

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