Sheila Kolberg

Sonho um poema que ao lê-lo, nem sentirias que ele já estivesse escrito, mas que fosse brotando, no mesmo instante, de teu próprio coração.

Mário Quintana

sábado, 17 de dezembro de 2016

A vida é um sopro



Aquela noite fomos dormir brigados por uma razão tão boba que já nem lembro mais
Acordamos em silêncio e saímos sem trocar um beijo de despedida.
Pensamos um no outro no decorrer do dia... mas nada fizemos a respeito.
Podíamos ter trocado uma mensagem ou um telefonema de desculpas.
Podíamos ter deixado um pouco o orgulho de lado e ter almoçado juntos.
Podíamos ter saído uns minutos antes do trabalho e ter nos encontrado pra conversar num lugar sossegado.
Podíamos ter falado tudo que sentíamos um para o outro e depois ter se entregado num abraço apertado.
Podíamos ter deixado o amor ser mais forte que a razão.
Podíamos ter sido mais sensíveis, mais carinhosos, mais amorosos um com o outro.
Podíamos ter feito as pazes e achado graça das nossas tolices.
Podíamos ter sido menos teimosos e bem menos ainda donos da verdade.
Podíamos ter trocado uma dose de ciúmes por paciência, outra por tolerância e outra ainda por empatia.
Podíamos ter sentido o coração do outro antes de magoá-lo.
Podíamos ter sido menos egoístas e pensado um pouco mais no outro. 

Aquela próxima noite poderia ter sido só mais uma noite como outra qualquer.
Mas não foi!
Era pra você voltar como sempre fazia ao entardecer...
Mas não voltou.
Queria dizer o quanto o amava e o tanto que me fazia feliz...
Queria! 
Agora já não podia mais.

A vida é um sopro!
Não deixe para viver, amar, perdoar e ser feliz amanhã.
Amanhã pode ser tarde demais!


Sheila Kolberg

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