Sheila Kolberg

Sonho um poema que ao lê-lo, nem sentirias que ele já estivesse escrito, mas que fosse brotando, no mesmo instante, de teu próprio coração.

Mário Quintana

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Minhas Duas Partes


As vezes me pego a encontrar...
Duas partes dentro de mim.
Uma delas que me entende, compreende...
Outra que pouco se importa se choro ou se rio.
Uma parte de mim se sente segura, forte como uma rocha.
Outra ao contrário, frágil como um cristal.
Tem horas que vejo no espelho uma menina meiga, sensível ...
E de repente este mesmo reflexo se torna frio, egoísta, dona de mim.
Não sei se quero ficar ou fugir...
Se me aproximo, ou me distancio.
Se amo perdidamente ou odeio inexplicavelmente.
As vezes me pego sonhando acordada, noutras horas... acordo de um pesadelo.
As vezes ouço-me tão calma, doce...
Noutras pareço tensa, amarga.
Quero ser uma brisa suave e ao mesmo tempo, um furacão.
Quero ser a maré num de seus dias mais calmos e ao mesmo tempo...
Desejo mais do que tudo ser as ondas que arrebentam nas rochas em dias de tempestade...
Outra hora, quero ser a própria tempestade.
E assim aos poucos, vou me montando...
Encaixando as partes em seus devidos lugares.
Tenho medo apenas, que de repente. minha outra parte perceba
E sem piedade
Derrube o que eu já construi.

Sheila Kolberg

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