Até que um desamor a devolveu pra lucidez.
Levou embora sua intensidade, seu romantismo louco e a confiança que carregava no peito.
Agora ela guarda seus sonhos embaixo do travesseiro para que todas as noites possa trazê-los para o único lugar que realmente considera seguro.
Quando adormece ainda sonha!
Quando desperta, fica em alerta pra tudo que possa ferir ou machucar seu coração e o coração de quem ela escolheu cuidar.
Sua sensibilidade e sua intuição agora preferem plantar o amor onde ele realmente possa florir.
Filhos são eternos! E o amor plantado neles também. E esse amor é o que a faz forte e permite seguir em frente.
Hoje ela é calmaria...
Assim como uma brisa suave de verão.
Sabe aguardar pacientemente os frutos das sementes que plantou ao longo do caminho.
As tristezas e as desilusões transformaram-se em lágrimas que ela deixou escorrer pelos ralos da vida pra que nada perturbe mais a sua serenidade e a vida que decidiu viver.
Sheila Kolberg
Poesias e outras paixões
Esse poema fala muito comigo e em diversas ocasiões. Sou hoje essa calmaria.
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