Sheila Kolberg

Sonho um poema que ao lê-lo, nem sentirias que ele já estivesse escrito, mas que fosse brotando, no mesmo instante, de teu próprio coração.

Mário Quintana

sábado, 27 de outubro de 2018

A menina da casa vazia

Pobre menina
Da casa vazia
Perambulando solitária pelos cômodos da imensidão.
Ficava ela em seu quarto impregnado dos mais belos presentes mas decorado de ausências que nunca tinham fim.
De companhia além da diversidade de telas, uma massinha aqui outra ali.
Ficava ela naquele silêncio perturbador que entre um instante e outro era quebrado por latidos, grunidos e uivos.
O tempo passava, a menina crescia e nem se quer  reclamava pois já acostumada estava com a própria solidão.
Mas a gente percebia o quanto ela sentia, toda vez que distraida ela espiava as crianças na rua a brincar.
Como eram cegos aqueles que não viam a tristeza que gritava em seu doce olhar.

Sheila Kolberg





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