Sheila Kolberg

Sonho um poema que ao lê-lo, nem sentirias que ele já estivesse escrito, mas que fosse brotando, no mesmo instante, de teu próprio coração.

Mário Quintana

quinta-feira, 4 de março de 2021

Coração genuíno

Nascemos com um coração genuíno e espontâneo dentro de nós, capaz de amar a todos sem discriminação.  Um coração carregado de fé,  confiança e entusiasmo.  Um coração que não tem medo de ser vulnerável porque ainda não sabe o quanto é vulnerável. 
Os anos passam e aos poucos o mundo ao nosso redor vai modificando nosso jeito de amar e a forma como recebemos amor.  O mundo vai mostrando que nem tudo é tão simples como parece.  Que sentir dói, que o amor por si só não basta pois as pessoas crescem e colocam outros sentimentos acima dele. Sentimentos como o egoísmo, a ganância,  a soberba,  a luxúria, o egocentrismo, a vaidade e tantos outros sentimentos tão inferiores ao amor.  
A maturidade alcançada com a idade deveria nos transformar no melhor que pudéssemos ser, mas ao invés disso ela tira de nós aquilo que de mais precioso um dia já possuímos. 
E aí envelhecemos com a tão falada sabedoria porém com o coração triste e vazio.  
Chegamos no fim da vida carregados de tanta bagagem, tantos pesos e bens desnecessários. 
E percebendo, as vezes muito tarde, que o mais importante já estava dentro de nós desde o início porém não soubemos como cuidar dele direito.

Sheila Kolberg 
Poesias e outras paixões 

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