Sheila Kolberg

Sonho um poema que ao lê-lo, nem sentirias que ele já estivesse escrito, mas que fosse brotando, no mesmo instante, de teu próprio coração.

Mário Quintana

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Dona tal felicidade

As vezes sinto ela pertinho de mim...
Quase dividindo a mesma cama.
Posso sentir a presença e o cheiro dela quase saindo pelos poros.
As vezes ouço ela bater apressadamente na porta...
Como se não pudesse perder nenhum instante. 
Entra sem pedir licença e me abraça demoradamente.  
Tantas vezes pude senti-la parte de mim...
E no minuto seguinte, escorrega sorrateira por entre meus dedos.
Por tantas e tantas idas e vindas já não sei mais se a quero por perto. 
Gosto de sentir-me segura! 
E ela parece ter prazer na inconstância.
Já não sei se posso chamar de amiga ou inimiga...
Ela é absurdamente contraditória.
De nada adianta correr atrás dela.
Ela é como uma borboleta...
Só pousa em mim quando quer.

Sheila Kolberg 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Você também vai gostar...

Saudade urgente

Saudade urgente

Coração obediente

Coração obediente

Amor de vidas

Amor de vidas

Eu cuido de você

Eu cuido de você

Outras vidas

Outras vidas