Sheila Kolberg

Sonho um poema que ao lê-lo, nem sentirias que ele já estivesse escrito, mas que fosse brotando, no mesmo instante, de teu próprio coração.

Mário Quintana

sábado, 7 de setembro de 2019

Caminhos

Sigo neste caminho
Quase nada linear
Caminho!
Caminho distraída esbarrando por postes inertes, tropeçando em pedras duras, pontiagudas e mal acabadas.
Esfolo os pés e a alma.
Machuco as pontas dos dedos e o pouco de crença que ainda existe em mim.
Caminho...
O caminho dói!
Na realidade tudo dói.
O que vai ficando pra trás e também tudo que não sou capaz de avistar lá na frente.
Sigo caminhando...
Desnorteada e um tanto perdida.
Carrego pedras nos bolsos e sapatos de ferro nos pés.
Anoitece tantas e tantas vezes que não sei mais quando chega o amanhecer.
Não sei onde estou...
Muito menos para onde vou.
Caminho!
Caminho!
E continuo como aquele poste que esbarrei...
Inerte e no mesmo lugar.

Sheila Kolberg
Poesias e outras paixões







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