Sheila Kolberg

Sonho um poema que ao lê-lo, nem sentirias que ele já estivesse escrito, mas que fosse brotando, no mesmo instante, de teu próprio coração.

Mário Quintana

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Volúveis


Era uma rosa vermelha no meio de um jardim...
Pétalas de doçura, intensidade e luxuria. 
Era possível imaginar o toque aveludado, o calor ardente do vermelho paixão, que por hora parecia ofuscar o brilho de todas as outras.
Apenas parecia!
Logo os olhares já não seriam apenas para a rosa,  afinal eram tantas flores naquele imenso jardim!
Cores, texturas, contornos e formas diferentes que nunca tinham sido admirados ou tocados.  
Ah! Mas e a rosa?
Ela continuava lá. Porém neste momento parecia estar ofuscada com a possibilidade de tantas outras ao seu redor.
Ela continuava especial pois não existia nenhuma se quer igual a ela. Mesmo assim perdera o valor que por um instante acreditou possuir.
Flores serão sempre flores e rosas sempre rosas. 
Era essa a única certeza!
E os que diziam admirar apenas a rosa, eram volúveis demais para tornar isso verdade.

Sheila Kolberg

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