Sheila Kolberg

Sonho um poema que ao lê-lo, nem sentirias que ele já estivesse escrito, mas que fosse brotando, no mesmo instante, de teu próprio coração.

Mário Quintana

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Pais e filhos


Mãe e Pai deveriam nascer com ombros mais largos e uma grande mochila nas costas...
Talvez desta forma seria possível carregar todas as responsabilidades e culpas que lhe são entregues junto com cada filho posto no mundo.
Não basta amor e a vontade gigantesca de fazer um filho dar certo.
Não basta as milhares de horas dedicadas na troca de fraldas, nas papinhas, na escolha do melhor pediatra ou na roupinha mais adequada.
As horas perdidas de sono, preocupações e conselhos também não serão suficientes quando chegar a adolescência.
E mesmo que faça tudo da melhor forma que sabia e podia... 
De repente vai se deparar com um adulto e chegar a conclusão que talvez tenha feito tudo errado.
Quem dera que filho viesse com manual de instruções...
E provavelmente ainda assim, seria difícil, pois quem garante que o interpretaríamos da forma correta.
Fico extremamente chateada quando vejo alguns “mestres no assunto” apontarem os pais como sendo os únicos e grandes vilões de filhos rebeldes.
Os Pais são responsáveis pela educação de seus filhos, disso não temos dúvida. Mas  eles não são os únicos.
Existe uma sociedade que também educa, existe uma  geração que vem com novos conceitos, 
existem amigos que apontam outros caminhos, existem professores educadores,  existe um mundo
informatizado como nunca visto antes, existe uma mídia absurdamente influenciadora  e existe algo que considero ainda mais forte...
A personalidade de cada um. E esta já vem pronta.
E sabe por que?
Pense numa família com vários irmãos, criados da mesma forma e pelos mesmos pais. Garanto que no final você vai se deparar com pessoas diferentes. Cada uma com seu jeito de encarar a vida, cada qual com uma personalidade distinta.
Pense naquela família completamente do avesso e que mesmo assim consegue ter um filho que pode ser seguido como exemplo.
Como se explica?!
Seres que vivem  as mesmas dificuldades, passam pelas mesmas alegrias ou tristezas, conhecem os mesmos valores... 
Uns aprendem com as lições da vida, outros apenas se revoltam e procuram culpados.
Para os Pais que são presentes na vida de seus filhos, eu insisto...
Não sintam-se tão culpados.
Acredite! Você deu o seu melhor. 
Mas existem sementes que por mais que sejam bem cuidadas, podem não dar bons frutos.
E para os filhos atrevo-me a dizer...
Sintam-se mais responsáveis pelas suas escolhas e por suas vidas.
Não procurem culpados, não justifiquem suas rebeldias por traumas de infância.
Agradeçam pela vida e pelos pais que puderam ter. Muitos não tem o mesmo privilégio de ter Pais amorosos que passam a vida inteirinha tentando acertar com o único objetivo de ver e fazer seus filhos felizes.

Sheila Kolberg


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